Olá caro leitor, hoje decidi publicar um texto opinativo, onde busco analisar uma das notícias mais bombásticas desse ano que mal começou, a compra da Activision pela Microsoft, para evitar ser redundante vamos ao texto.
Compra da Activision Blizzard pela Microsoft
No último dia 18 a Microsoft anunciou através do Twitter que adquirirá a Activision Blizzard por nada mais nada menos do que 68,7 bilhões de dólares, em uma aquisição histórica que pegou toda a indústria de surpresa e deixou a comunidade gamer em polvoroso por dias. A compra ainda precisa ser analisada e autorizada pelos órgãos regulamentadores, o que levará aproximadamente um ano e meio, mas a notícia já foi o suficiente para gerar inúmeras especulações por parte da mídia e do público.
Primeiro a compra impressiona pelo seu tamanho histórico, se tornando a maior aquisição do setor de todos os tempos, vale lembrar que a pouco mais de um ano a Microsoft comprou a ZeniMax Media por US$ 7,5 bilhões o que na época já foi impressionante, a compra da Activision Blizzard por praticamente US$ 69 bilhões fazem a aquisição anterior parecer pequena e reafirma que a Microsoft tem uma plano forte e ousado para consolidar a marca Xbox e consequentemente seu serviço por assinatura como um produto indispensável na indústria do entretenimento.
Mas tal compra não é histórica só pelo seu valor astronômico, mas principalmente pelas incontáveis possibilidades que ela nos traz, primeiro pelo o incremento grandioso que o catálogo o serviço da Microsoft terá assim que a compra for efetivada, com games clássicos das franquias da Activision e da Blizzard sendo adicionados ao já excelente catálogo do Gamepass e logicamente os futuros games dessas franquias chegando no seu dia de lançamento ao serviço. Só por essa razão já deixa qualquer assinante do serviço extremamente empolgado.
A aquisição foi tão impactante que mesmo após 10 dias do seu anúncio a comunidade segue discutindo os impactos que ela terá na indústria, em especial se ela pode gerar um monopólio do mercado por parte da Microsoft e principalmente se a franquia Call of Duty se tornará exclusiva do sistema Xbox. Apesar de ser uma preocupação válida, considero que o temor de um possível monopólio, nesse momento, seja totalmente infundado, uma vez que mesmo com a efetivação da compra a Microsoft será a terceira maior empresa da indústria dos games em termos de faturamento, ficando atrás da Tencent e vejam só da própria Sony, a sua principal concorrente. Portanto entendo que só deveríamos estar falando em monopólio caso a Microsoft estivesse comprando empresas que invalidasse a concorrência direta, o que convenhamos não é o caso.
Já a possível exclusividade de Call of Duty é talvez o tema mais controverso da compra da Activision Blizzard, o fenômeno absoluto de COD gera anualmente um faturamento bilionário e muitos analistas apontam que a Microsoft perderia muito dinheiro ao tornar o game exclusivo, por outro lado é inegável que ao tornar o game exclusivo a empresa terá um incremento considerável na assinatura do Gamepass e até mesmo aumento nas vendas do Xbox, pois a franquia é tão grande que sem dúvida parte dos consumidores irão para onde a franquia estiver.
Particularmente não vejo a Microsoft não transformando Call of Duty em uma franquia exclusiva e tornando-a um dos seus carros chefes do Gamepass. Vale ressaltar que a própria Microsoft afirmou que cumprirá todos os acordos vigentes e rumores apontam que a Sony tem contratos até 2023 com a Activision, portanto a inevitável exclusividade ainda demorará um pouco para acontecer.
Mas de forma alguma a Activision Blizzard se resume apenas a Call of Duty, com outras grandes franquias de sucesso como Diablo, Crash Bandicoot, StarCraft e Tony Hawk's em seu catálogo e os últimos games de tais franquias sem dúvida começaram a ser adicionados ao catálogo de Gamepass ainda em 2022 e inevitavelmente os próximos games dessas mesmas franquias serão exclusivos da família Xbox e arrisco a dizer que até mesmo games que estão em desenvolvimento nesse momento como Diablo IV e Overwatch 2 já serão exclusivos, uma vez as suas respectivas datas de lançamento ainda não foram confirmadas.
Outro aspecto importantíssimo é que a Microsoft terá no total mais de trinta estúdios, todos eles em sua maioria extremamente competentes e com a liberdade criativa que a empresa tem demonstrado nos últimos anos com seus estúdios o futuro é extremamente promissor com a garantia de continuações de franquias icônicas, assim como o surgimento de novas propriedades intelectuais.
Não podemos esquecer que a Activision Blizzard está em um momento extremamente crítico e polêmico com as inúmeras denúncias de abusos contra os seus funcionários, o que a meu ver facilitou em muito a aquisição, tanto por parte da Activision, que provavelmente viu na venda uma saída prática para os seus problemas jurídicos, quanto para a Microsoft que aproveitou a oportunidade única de comprar uma empresa que contribuirá de forma significativa com os seus planos de consolidação de mercado. Logicamente fica a expectativa que as condições de trabalho nos estúdios da Activision Blizzard melhorem significativamente com essa aquisição e não tenho dúvidas que a Microsoft colocará ordem na casa quanto a esse aspecto, inclusive com a demissão de Bobby Kotick assim que possível.
Apesar da preocupação desnecessária de parte da comunidade com um possível monopólio e do desespero de alguns com a inevitável exclusividade de Call of Duty é inegável que tal aquisição representa um futuro promissor para os assinantes do Gamepass, que terão acesso a um catálogo ainda mais rico e diverso, por um preço acessível tornando o serviço quase que indispensável para qualquer gamer e logicamente fica a torcida para que em um futuro não tão distante tenhamos um serviço semelhante por parte da Sony e da Nintendo, fortalecendo a concorrência e consequentemente beneficiando a nós consumidores.
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