Olá, caro leitor. Permaneço na minha jornada em tentar colocar o desafio em dia, estou duas semanas atrasado, mas ainda não estou disposto a desistir, mesmo passando justamente por aquele período temido de “bloqueio criativo”, mas vamos lá, ainda temos muitas semanas pela frente. Hoje busquei desenvolver um texto de ação, onde narro uma cena de combate de uma história maior que pretendo desenvolver futuramente. Os nomes dos personagens são totalmente provisórios.
A Invencível
A batalha estava praticamente ganha, era surpreendente como John e seus rebeldes conseguiram sobrepujar o exército da capital, eles tinham a nítida desvantagem numérica e militar, mas a sua ferocidade e sede pela liberdade fez com que não recuasse em nenhum momento, mesmo com as perdas crescentes, pois John se mantinha à frente da batalha, sempre avançando, fazendo valer cada golpe com sua grande espada, que emanava um brilho suave contrastando com o sangue dos inimigos.
A sensação de vitória queria dominar John, mas parte dele sabia que o maior desafio ainda estava por vir, o exército inimigo era formidável, porém não se comparava ao poderio dos três guardiões, lendários guerreiros celestiais que dominavam a arte do combate como nenhum outro ser vivo do continente conhecido e os três estranhamente não tinham entrado na batalha e desde o início apenas observavam, impassíveis, pairando no ar como se fossem grandes estátuas metálicas.
John também os ignorou na maior parte do tempo, afinal ele estava liderando uma batalha em terra, porém o fim estava próximo e ele sentia que o ataque dos guardiões era iminente. O primeiro a intervir foi juntamente a líder da trindade, Mira a Invencível, uma formidável guerreira armada com uma espada e um escudo que nunca tinha perdido um único combate, sua lenda era conhecida em todo o continente.
Mira se movimentou lentamente, como se estivesse descendo uma escada invisível, degrau por degrau e assim que ela tocou o solo, por um breve segundo houve um silêncio, todos a observavam apreensivos, mas ela voltou a ficar imovel. John a estudou, ela era pequena, mais baixa do que ele, mas sua postura era imponente, trajando uma armadura prateada que cobria totalmente o seu corpo, nem mesmo os olhos de Mira podiam ser vistos por trás do visor do capacete.
John sabia que não poderia ler o movimento Mira, então atacou, investindo com o máximo de velocidade que conseguirá, erguendo a sua grande espada sobre sua cabeça e desferindo um golpe vertical que partiria facilmente um homem ao meio, porém Mira desviou, de forma suave e graciosa posicionando-se no flanco de seu oponente, mas antes que pudesse desferir qualquer golpe Jonh moveu velozmente a sua pesada lâmina em um golpe horizontal. Mira aparou o golpe com o escudo no seu braço esquerdo, houve um estridente som de metal encontrando metal, uma faísca brilhou rápidamente e John arregalou os olhos por um breve momento, nunca um escudo tinha conseguido resistir ao poder de sua lâmina, nunca, mas o escudo reluzente de Mira não fora nem mesmo arranhado.
John tentou pressionar a guardiã com sua espada, na esperança que ela cedesse, mas Mira não se moveu, nem um centímetro, ele tentou encarar os olhos de sua formidável oponente, mas nada viu além de escuridão e antes mesmo de John entender o significado do visão, Mira o empurrou com o escudo e desferiu um golpe na vertical com a sua espada.
John desviou por pouco do golpe e atacou em seguida, seus movimentos eram rápidos e brutais, mas sempre eram evitados pela oponente que defendia com o seu inquebrável escudo, ou simplesmente desviava suavemente para o lado e por mais que John continuasse atacando ferozmente, Mira estava nitidamente dominando o combate, não demonstrando nenhum tipo de cansaço, já John estava começando a esgotar suas forças, ele precisava quebrar a defesa de Mira era a sua única chance.
Subitamente ele se afastou pegando impulso quase que instantaneamente e desferindo um golpe na horizontal com a sua longa e grande espada buscando atingir o flanco direito de Mira, na esperança de evitar o escudo da mão esquerda, mas o que ele julgava impossível aconteceu, Mira defletiu apenas com a sua pequena espada o golpe fatal, fazendo John lagar uma das mãos a sua espada ficando exposto e Mira desferiu com uma velocidade impressionante um golpe que atingiu o peito de John, rompendo a sua cota de malha com facilidade e abrindo um corte profundo na sua carne, o ferimento não foi fatal, mas fez sangue jorrar de forma intensa sobre o seu corpo.
John não teve tempo para refletir sobre a extensão do ferimento, pois Mira o golpeou novamente, instintivamente John aparou o golpe com o seu braço direito, seu bracelete foi feito em pedaços com o impacto e agora ele tinha um segundo corte no corpo, porém esse era profundo chegando ao osso do antebraço. Ainda aparando a espada de Mira com o braço ele tentou novamente fita-la nos olhos, mas novamente nada viu. Subitamente ele a chutou, com toda a sua força e investiu, segurando novamente a sua espada com as duas mãos e estocando com toda a velocidade, mirando o visor vazio da guardiã e a sua grande lâmina atravessou com uma facilidade assustadora o capacete da oponente.
Por um segundo tudo parecia imovel e silencioso, a espada e o escudo de Mira a Invencível caíram e a grande lâmina de John emitiu uma luz intensa nunca vista antes, subitamente o próprio corpo de Mira caiu, gerando um baque seco ao encontrar o solo. O capacete permanecia preso na espada, mas não havia sangue escorrendo pela lâmina, na verdade nada havia, nem sangue e nem cabeça.
John baixou a espada, o capacete vazio rolou ao atingir o chão, ele olhou para a armadura prateada de Mira igualmente vazia procurando respostas, mas seus devaneios foram interrompidos, os dois guardiões remanescentes estavam em movimentos, descendo seus degraus invisíveis na sua direção. John ergueu novamente a sua grande espada reluzente,ainda havia mais uma batalha para ser vendida.
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