Se não fosse pelo hype...
Watch Dogs é um game de ação em terceira pessoa, desenvolvido e distribuído pela Ubisoft, lançado em maio de 2014 para XBox 360, PS3, XOne, PS4, PC e até mesmo para WiiU.
Watch Dogs gerou uma expectativa espantosa quando foi anunciado na e3 de 2012, todos ficaram maravilhados e empolgados com a nova IP da Ubisoft, e a empresa famosa pela franquia Assassin's Creed fez uma campanha de divulgação extremamente agressiva para o jogo, afirmando que o seu novo game iria revolucionar o mundo dos jogos eletrônicos e que Watch Dogs se tornaria referencia em jogos de mundo aberto. Infelizmente o resultado foi bem aquém do esperado, fazendo dele uma das maiores decepções de 2014.
Na trama somos apresentado a Aiden Pearce, uma hacker que após realizar uma invasão no luxuoso Hotel Merlaut sofre um acidente de carro que acaba causando a morte de sua sobrinha Lena, de 6 anos. Com isso Aiden começa uma busca pelos responsáveis e não poupa esforços para chegar ao seu objetivo. Apesar da velha premissa clichê da busca por vingança, a trama até que agrada, desenvolvendo subtramas que envolvem invasão de privacidade, trafego de influência, de drogas e até mesmo tráfego de pessoas, além disso ela apresenta ótimos personagens coadjuvantes como a bela Clara e o carismático T-Bone.
O problema esta justamente com o protagonista Aiden, que demonstra pouco carisma, sendo apresentado como um personagem serio de mais, ao ponto de simplesmente não conseguir criar empatia ao jogador. Fora que Aiden é um personagem dúbio, pois ao mesmo tempo que age como vigilante buscando evitar crimes e proteger a população de Chicago, não exita em nenhum momento em roubar, invadir, torturar ou até mesmo matar para alcançar os seus objetivos.
Deixando de lado toda a polêmica do downgrade gráfico, que inegavelmente o game teve, o que me desapontou em Watch Dogs foi a sua jogabilidade limitada e a estrutura das missões. O game prometia ser profundamente interativo onde Aiden como hacker poderia acessar câmeras, desligar semáforos, invadir celulares e uma serie de outras atividades e de fato tudo isso está presente no game, porém de uma forma extremamente simplificada, onde tais interações são executadas pelo mesmo botão, isso tira o dinamismo da jogabilidade e dá um ar de repetitividade ao gameplay. Além disso a física do jogo é bem limitada, principalmente na dirigibilidade dos veículos, apesar do personagem ter uma boa movimentação, lembrando um pouco os movimentos dos jogos Assassin's Creed. Ao menos o game tem um bom sistema de progressão que rende melhorias nas habilidades de Aiden, tornando a jogatina bem mais prazerosa.
O game conta com uma boa quantidade de atividades extras no seu extenso mundo aberto, que vão desde de missões secundarias a mini games, como jogos de xadrez e poker. O problema é que a estrutura das missões secundarias são extremamente repetitivas e isso piora quando você percebe que tal estrutura se repete nas missões principais e por mais que seja interessante jogar poker em mesas clandestinas, ou jogar os games de realidade aumentada, tudo fica monótono apos duas ou três partida, o que deixa claro que a quantidade que as missões secundarias se repete poderia ter sido diminuída pela metade.
Um ponto positivo de Watch Dogs é o seu extenso mapa, com muita interação e segredos para serem descobertos, além de apresentar uma cidade bem densa e movimentada, com monumentos históricos, áreas urbanas e áreas menos desenvolvidas, onde o grande trunfo da ambientação é a sua incrível quantidade de micro histórias, ao explorar o mapa você sempre se deparará com situações inusitadas e ao invadir a privacidade alheia descobrirá crimes, traições, intrigas, fofocas e todo o tipo de informação absurda que você pode imaginar. Inegavelmente a Ubisoft fez um excelente trabalho ao dar vida a cidade de Chicago.
No fim Watch Dogs tem vários deméritos, porém não pode ser considerado um game ruim, pois apresenta um trama interessante, que lida com alguns temas polêmicos, como a vigilância constante da população através da tecnologia, além de apresentar um interessante e vivo mundo aberto. Porém o game infelizmente foi ofuscado pela exagerada campanha de marketing da Ubisoft, que tentou vender o game como revolucionário, quando na verdade ele é apenas um game mediano de ação em mundo aberto.
"Quem merece morrer? Quem decide isso?" - Aiden
Informações adicionais:
Nota geral: 7,5.
Tempo dedicado ao game: 68 horas.
Conquistas desbloqueadas: 32 de 49 (Na UPlay).
Dificuldade: Fácil.
Fica a dica: Concentre-se na trama principal.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sinceramente, não vale! Indico compra-lo com no mínimo 50% de desconto.
Modo de jogo: Singleplayer, com jogadores podendo invadir o seu jogo.
Idioma: Com dublagens e legendas em português.
Nota geral: 7,5.
Tempo dedicado ao game: 68 horas.
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Modo de jogo: Singleplayer, com jogadores podendo invadir o seu jogo.
Idioma: Com dublagens e legendas em português.
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