Fala gurizada, hoje gostaria de expor a minha opinião sobre a grande polêmica da última semana, o fim da exclusividade dos jogos do Xbox e sim, eu sei, o assunto já foi tratado à exaustão pela grande maioria da imprensa e dos influenciadores em geral, mas gostaria de registrar a minha humilde opinião mesmo que um pouco tardiamente.
Apenas contextualizando no último dia 5 tivemos um forte rumor de que importantes exclusivos do Xbox, como Starfield e Indiana Jones estariam sendo programados para chegar no PS5, sendo que a poucas semanas o rumor era que Hi-Fi Rush e Sea of Thief estariam chegando tanto à plataforma da Sony, quanto à plataforma da Nintendo. Não entrarei em todos os detalhes, até porque a própria Microsoft já se pronunciou informando que nesta semana acontecerá um evento para esclarecer as novas estratégias da empresa para a divisão de games. Portanto a proposta é focar na minha opinião pessoal sobre o assunto e para tentar deixar claro os meus argumentos, vou dividir o texto em três tópicos, primeiro a minha opinião sobre exclusivos, segundo a minha relação com o Xbox e o que penso sobre a famigerada guerra dos consoles e por fim a minha opinião sobre a suposta mudança de estratégia da Microsoft e seu impacto na indústria.
Sobre exclusivos
Bom eu entendo que mercadologicamente falando os exclusivos são necessários, pois ajudam a vender mais consoles e fortalecem determinada marca, mas sempre fui categoricamente contra a sua existência, simplesmente por considerar que a exclusividade de uma determinado título prejudica muitos jogadores que não conseguem ter todas as plataformas, que é o meu caso, ou que simplesmente optaram por jogar em outro dispositivo, o que também é meu caso na maioria das vezes. Eu nunca tive um console meu de verdade, sempre joguei em locadoras ou na casa de amigos e quando finalmente tive condições de comprar, já na minha fase adulta, optei pelo PC por inúmeros motivos, mas a exclusividade de certos títulos sempre me frustraram bastante, pois sempre quis jogar a trilogia original de God of War, mas ela nunca chegou ao pc, o mesmo acontece com Zelda, Gears 2 e 3, Fable 2, Uncharted e tantos outros grandes títulos que estão inacessíveis para aqueles que não tem a sua respectiva plataforma de origem. Portanto exclusividade é uma droga, ela segrega os jogadores e principalmente não permite que parte do público tenha acesso a um determinado jogo.
Xbox e a guerra de consoles
Talvez por causa de Gears of War, ou talvez por causa de Fable, ou ainda pelo fato da Microsoft se mostrar mais convidativa com o público do PC, mas por alguma razão tenho mais interesse no Xbox do que no Playstation, com isso acabei consumindo bem mais títulos do lado verde da força, principalmente após o lançamento do Gamepass, portanto caso fosse comprar um console, provavelmente seria um Xbox. Porém nunca vi sentido na famigerada guerra dos consoles. Simplesmente não compreendo a necessidade da comunidade de ambos os lados, de atacar a plataforma rival e principalmente atacar os games exclusivos da concorrência, apenas para validar e engrandecer a sua plataforma preferida. Pois no final do dia não importa qual a plataforma que você utiliza para jogar, mas sim o jogo em si e se ele cumpre com a sua finalidade de divertir e entreter, afinal somos todos gamers apaixonados por jogos, logo o importante é o game e o quão divertido ele pode ser, independente da sua plataforma.
O fim da exclusividade
Sobre o tema central deste texto, o rumor de que a Microsoft estaria planejando lançar os seus exclusivos em outras plataformas. Primeiro é importante dizer que são apenas rumores, até o pronunciamento oficial da Microsoft não deveríamos entrar em pânico, ou comemorar antes da hora. Segundo sou totalmente contra exclusividades como tentei deixar claro ao longo do texto, logo ver uma das principais desenvolvedoras de games sinalizando que abrirá mão da estratégia dos exclusivos me deixa esperançoso de que no futuro nós como consumidores podemos jogar qualquer jogo independente da plataforma. Logicamente que mercadologicamente isso é um risco e é inegável que a marca Xbox perderá um pouco da sua força, mas acredito que caso o rumor se confirme a Microsoft esteja mais uma vez antecipando as mudanças de mercado, fazendo algo que para muito pode ser impensável, mas que mercadologicamente poderá render muitos frutos, convertendo tanto em números de assinantes do Gamepass, quanto em números de vendas. Vale ressaltar que mudanças no comportamento do consumidor estão sempre acontecendo, nas duas últimas décadas mudamos drasticamente a forma que consumimos música, filmes e séries, portanto não vejo como algo surreal uma mudança dessa magnitude onde já não importará em qual plataforma jogaremos, mas sim quais serviços assinaremos, logo um jogo ser ou não exclusivo deixa de ter força, uma vez que a venda de consoles deixa de ser uma necessidade. Portanto, vejo a possibilidade da Microsoft tornar os seus principais títulos multiplataforma como algo natural, perante as estratégias dos último anos da empresa, que busca maximizar os seus lucros com o aumento de assinantes do Gamepass e disponibilizando os títulos para venda na Steam para aqueles que não tem interesse de assinar o serviço.
Portanto, para concluir meus caros, independente se os rumores se confirmarem ou não, esse não será o fim do Xbox, sinceramente eu vejo com muita positividade e expectativa os movimentos da Microsoft, pois entendo que ela está buscando se adaptar a uma nova realidade antecipando as mudanças que o mercado dos jogos terá, talvez essa mudança posso ainda estar distante, mas ela é inevitável e possivelmente veremos o mercado de consoles ser substituído pelo mercado de assinaturas de serviços e a concorrência direta será restabelecida, mas inegavelmente a Microsoft terá uma vantagem significativa perante os seus concorrentes.
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