sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Desafio 52 semanas de escrita #27 - Análise games - God of War


Olá caro leitor, sim o Desafio 52 semanas de escritas está mega atrasado, mas enquanto ainda estivermos em 2022 persistirei. Hoje, trago mais uma análise de games, dessa vez do primeiro game que finalizei neste ano, o aclamado God of War. Espero que gostem.

Análise games - God of War

God of War inegavelmente é uma das franquias mais icônicas do mundo dos games, Kratos conquistou uma legião de fãs com a sua trilogia original e fez do personagem sinônimo de Playstation, logicamente que cedo ou tarde o personagem retornaria e em 2018 um novo game foi lançado exclusivamente para Playstation 4, trazendo uma nova faceta para o Deus da Guerra, introduzindo-o na mitologia Nórdica. O sucesso foi estrondoso e rendeu ao game desenvolvido pela Santa Monica o prêmio de Game do Ano, desbancando o grandioso Red Dead Redemption 2. Após quatro anos de exclusividade, a Sony surpreende a todos ao lançar uma nova versão do seu principal exclusivo pela primeira vez no PC.

Intitulado simplesmente como God of War, o game começa com Kratos preparando-se para cremar a sua falecida esposa, ao lado de seu filho Atreus. Claramente muitos anos se passaram após os acontecimentos da trilogia original, porém o game não se preocupando em explicar como o protagonista sobreviveu, ou mesmo como chegou até ali, focando na jornada inicial de Kratos e Atreus que buscam cumprir o último desejo de Laufey, lançando as suas cinzas no pico mais alto, porém os inúmeros obstáculos e as revelações feitas durante a jornada levam pai e filho de encontro contra os deuses nórdicos.

A trama de longe é o maior trunfo desse novo God of War, com uma narrativa madura e envolvente, dando destaque não só para o relacionamento entre Kratos e Atreus, mas também desenvolvendo cada um deles de forma individual, tornando ambos interessantíssimos. Primeiro temos Kratos que claramente mudou drasticamente em relação aos games anteriores, estando mais controlado, com uma ar melancólico e ao mesmo tempo sábio, buscando ser um pai melhor do que foi anteriormente, já Atreus é um jovem frágil e inocente, que conforme vai descobrindo mais sobre as suas origens e o passado de seu pai, cresce em personalidade, tanto positivamente, quanto negativamente. A dinâmica entre os dois é excelente, motivando o jogador a continuar avançando para ver o desfecho de ambos os personagens.

E como pano de fundo para a jornada de pai e filho, temos toda a mitologia nórdica, incrivelmente representada e adaptada para a nova aventura de Kratos, apresentando criaturas e lendas como Trolls, Ogros, Draugrs e até mesmo as Valquírias, que de certa forma dão um ar familiar para aventura e ao mesmo tempo que fazem uma releitura para tais mitos e tudo é muito bem apresentado, com uma ótima ambientação, com pequenos trechos de mitologia, espalhados em objetos e missões secundárias.

Além de Kratos e Atreus temos um ótimo elenco de apoio, com personagens carismáticos e interessantes, como os irmãos Sindri e Brok, a própria Freya, o cômico Mimir, que se revela um grande aliado na jornada dos protagonistas e logicamente o grande antagonista da jornada, Baldur que se revela imparável e extremamente irritante, mas que proporciona grandes momentos, tanto nos combates, quanto na narrativa. Mal posso esperar para ver como a Santa Monica representará os outros deuses nórdicos no vindouro God of War Ragnarock.

Algumas críticas apontam uma certa simplicidade nas mecânicas do novo God of War, o que não deixa de ser verdade, porém tanto o sistema de combate, quanto o sistema de progressão são bastante funcionais e proporcionam uma ótima jogabilidade e uma boa dose de desafio nas dificuldade mais altas. A câmera mais próxima do personagem privilegia o combate, o sistema de combos é prazeroso e as melhorias e golpes especiais dão um certo dinamismo para os momentos de ação. A quantidade de inimigos é satisfatória, mas caso busque os 100% prepare-se para sentir uma repetitividade de inimigos, principalmente com os Trolls.

Em termos de equipamentos o game também não decepciona, com uma boa variedade de armaduras, mas contanto com apenas duas armas principais, o excelente e imponente machado Leviatã e as icônicas e brutais Lâminas do Caos. Tanto armas e armaduras podem ser melhoradas pelos anões Brok e Sindri, porém para isso precisará encontrar runas e materiais especiais obtidos ao se cumprir objetivos secundários do jogo, incentivando assim a exploração. Mesmo com uma estrutura claramente linear, tais objetivos dão uma certa liberdade ao jogador, não sendo enfadonhos, principalmente por trazerem informações adicionais que complementam a mitologia do jogo.

God of War traz uma jornada incrível, com uma narrativa envolvente que cresce em escala conforme se avança na jornada de Kratos e Atreus. Uma ótima releitura de um personagem já consagrado que se revela ainda mais profundo, conforme desenvolve o relacionamento com seu filho. Um excelente game, com uma ótima jogabilidade, um visual impecável e uma narrativa marcante. Que o fim de todos os Deuses seja ainda mais grandioso.

“Devemos ser melhores!” - Kratos


Informações adicionais:
  • Nota geral: 10.
  • Tempo dedicado ao game: 64 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 34 de 37.
  • Dificuldade: A dificuldade difícil oferece uma ótima dose de desafio.
  • Fica a dica: Deixei para enfrentar as Valquírias apenas no final do game, quando estiver com os melhores equipamentos.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Difícil, o game é excelente, mas 200 reais em qualquer game é algo surreal, com 25% de desconto, sem dúvida vale.
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Totalmente localizado em português do Brasil.

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