quinta-feira, 5 de março de 2020

Análise games - Ori and the Blind Forest Definitive Edition


Definitivamente encantador! 

A chamada Edição Definitiva de Ori and the Blind Forest nos apresenta essencialmente o mesmo jogo lançado originalmente em março de 2015, porém com pequenas adições que dão um ar de novidade ao game, como novos locais e habilidades. Desenvolvido pela Moon Studios e distribuído pela Microsoft a Definitive Edition de Ori foi lançado em abril de 2016 para PC e XOne, chegando ao Nintendo Swicth em setembro de 2019. 

O belíssimo game de estreia da Moon Studios nos apresenta o pequeno Ori, um espírito da floresta perdido, que é adotado e criado pela simpática Naru. A poética narrativa cativa já nos primeiros minutos do jogo, principalmente após acontecimentos trágicos forçarem o pequeno protagonista a iniciar uma incrível jornada, com o objetivo de evitar que a floresta de Nibel pereça perante a um inimigo desconhecido.

É difícil falar de formar isolada dos diversos aspectos de Ori and the Blind Forest, a obra é tão orgânica na sua concepção que a sua narrativa e história não teriam o mesmo impacto sem a belíssima direção artística, assim como o contrario também se aplicaria, tudo no jogo, sua jogabilidade prazerosa e desafiadora, sua trilha sonora empolgante, seu level design inteligente e seus cenários belíssimos, contribuem de forma esplendida para que o game transmita uma experiência única e encantadora. 

Apesar de Ori ser o grande protagonista, a narrativa é basicamente conduzida por dois personagens, os únicos com falas durante a história, primeiro temos a Árvore do Espírito uma onipresente entidade que narra os acontecimentos com uma voz poderosa e um idioma ficcional, dando todo um tom poético à narrativa, segundo temos a pequena Sein, um espirito de luz que acompanha Ori em toda a jornada direcionando o protagonista para os objetivos, além de esclarecer em diversos momentos a mitologia na floresta de Nibel. Outros personagens são revelados durante a história, como Naru, Gumo e a assustadora Koru, todos sem falas, como o protagonista, mas mesmo assim igualmente expressivos e carismáticos, contribuindo em muito com a narrativa encantadora do game. 

A floresta de Nibel é bela e ricamente detalhada, com muitos segredos que incentivam a exploração constante dos cenários e logicamente, como qualquer bom metroidevania, muitos locais só serão acessíveis após adquirir determinada habilidade. O positivo aqui é que essa exploração é feita de maneira natural, com as novas habilidades sendo acionadas sempre quando essencialmente necessárias, tornando a progressão extremamente prazerosa e intuitiva. Além disso, o jogo conta com uma satisfatória árvore de habilidades que permite melhorias conforme se coleta orbes de energia, incentivando ainda mais a exploração dos cenários, além de facilitar a progressão com habilidades mais poderosas e precisas. 

As mecânicas do jogo são inicialmente simples, com o protagonista realizando pequenos movimentos como pulo para vencer os obstáculos espalhados pelos cenários 2D, mas conforme se avança novas habilidades são destravadas, como pulo duplo ou a escalada, que permitem que os desafios mais complexos sejam superados e a dificuldade do game pode ser bastante desafiadora em muitos momentos, exigindo do jogador bastante destreza e precisão para superar perseguições implacáveis que acontecem em momentos chaves do jogo. Tais momentos são memoráveis e mesmo frustrando devido a sua alta dificuldade, são extremamente recompensadores ao serem concluídos. 

A Definitive Edition de Ori nos traz um ótimo conteúdo adicional, incluindo novos locais para serem explorados, que revelam um pouco do passado da carismática Naru, além de duas novas e excelentes habilidades que extremamente úteis para superar alguns desafios do jogo e é interessante notar como alguns trechos do cenário foram remodelados justamente para utilizar tais habilidades. 

Ori and the Blind Forest pode ser facilmente descrito como uma obra de arte em forma de jogo, com uma jogabilidade impecável, uma narrativa emocionante e uma direção artística encantadora. Um game consistente em todos os seus aspectos que sem sombra de dúvida um game memorável que figura entre um dos melhores jogos da última década. 


Informações adicionais: Nota geral: 10.
Tempo dedicado ao game: 19 horas.
Conquistas desbloqueadas: 50 de 57.
Dificuldade: Mediana, tornando-se bastante desafiadora em alguns trechos.
Fica a dica: Simplesmente jogue!
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, cada centavo!!!
Modo de jogo: Exclusivamente singleplay.
Idioma: Idioma ficcional do game, com legendas em português.

Nenhum comentário:

Postar um comentário