segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Análise cinema - Star Wars O Despertar da Força


Star Wars O Despertar da Força, sétimo filme de uma das franquias mais aclamadas e referenciadas dos cinemas, com um extenso elenco que incluem Daisy Ridley, John Boyega, Adam Driver, Oscar isaac, Harrison Ford e Carrie Fisher, com direção de J.J. Abrams.

Inegavelmente um dos filmes mais esperados de 2015, a expectativa era grande, mas os mais cautelosos se questionavam se J.J. Abrams conseguiria fazer o mesmo que em Star Trek e revitalizar mais uma grande franquia. A resposta venho com o sucesso estrondoso do filme, que já em seu fim de semana de estreia quebrou recordes de arrecadação. Particularmente falando confesso que as minhas expectativas não foram superadas, porem foram plenamente atendidas.


O filme já começa estabelecendo que Luke está a anos desaparecido e tanto a Resistência, defensora da Nova Republica, quando a Primeira Ordem, unidade militar remanescente do antigo Império Galáctico, buscam encontra-lo, com esperanças de obter vantagem no conflito. Com isso a trama se desenvolve sobre essa premissa, com os caminhos de novos e antigos personagens se cruzando na busca pelo ultimo Jedi.

O primeiro grande acerto de O Despertar da Força é o seu tom, que consegue misturar de forma excelente ação, humor, aventura e boas doses de drama, que deixa a trama ainda mais cativante. E todo aquele clima de aventura da trilogia original está presente no filme do inicio ao fim, inclusive a estrutura de todo o filme é muito semelhante a de Uma Nova Esperança, temos um novo Jedi, de origem humilde, um vilão imponente, um governo opressor, uma resistência, uma nova estrela da morte, batalhas de espaciais e uma tonelada de referencia, por um lado isso é ótimo, uma vez que cria um identificação direta com a franquia, por outro deixa a sensação de já termos visto isso antes.

Outro acerto na narrativa é que ela deixa de lado todo o mistério e suspense que a campanha de markting do filme teve, entregando de forma direta e coerente as respostas para muitas das perguntas dos fãs, esclarecendo quem é o real protagonista do filme, o motivo de Luke ter desaparecido, a identidade de Kylo Ren, o motivo de Finn desertar, mas por outro lado também cria novas perguntas, como quais são os motivos de  Ren ter passado para o lado negro da força? Ou qual a real origem de Rey? Quem é Snoke e quais são seus objetivos? Tudo isso deixa o filme extremamente interessante e já gera uma certa expectativa pelo Episodio VIII.

O segundo grande acerto do filme são seus personagens, primeiro temos o retorno de Han Solo, Leia, Chewbacca, que deixa o filme ainda mais nostálgico, e o melhor eles estão devidamente inseridos na trama, tendo papel fundamental para o desenvolvimento da historia. Segundo temos os novos protagonistas que apresentam um carisma excelente, não tem como não gostar da Rey, com seu olhar que consegue transmitir, medo, duvida e descoberta, que cresce como personagem a cada minuto do filme, ou de Finn, que mesmo com seus dramas particulares consegue ser extremamente cômico e igualmente carismático, além disso temos, Poe Dameron, tido como o melhor piloto da Resistência, que protagoniza excelente cenas de ação e cria uma forte amizade com Finn, porem o personagem acaba ficando em segundo plano, mas fica a expectativa para um melhor aproveitamento do personagem nos próximos filmes e logicamente temos o drone BB-8, que substitui de forma digna o icônico R2-D2, claro se não formos extremamente críticos e constatarmos que se trata do mesmo personagem, inclusive com a mesma função, só que em um formato diferente, mas deixemos isso de lado, afinal, BB-8 protagoniza cenas engraçadíssimas e já merece um espaço só seu no corações dos fãs.

Do lado negro da força, temos a Primeira Ordem, que é quase tão cruel quanto o antigo Império Galáctico, primeiro temos o general Hux, que apesar de aparentemente ser apenas um coadjuvante, faz um discurso assustadoramente fanático, ao ativarem a nova Estrela da Morte, que tem o poder de destruir sistemas solares inteiros, o personagem tem uma certa presença e disputa o poder com Kylo Ren, mas logicamente que o grande destaque ao lado dos vilões fica com aprendiz Sith. Kylo Ren é um excelente personagem, imponente, assustador, com pequenos excessos de fúria e com um domínio da força surpreendente. Porem ele ainda é um vilão incompleto e isso fica evidente quando ele retira a mascara e se revela um garoto em conflito, que busca substituir o lendário Darth Vader. Mas sua transformação se completa quando ele abraça o lado negro da força na cena mais dramática e surpreendente do filme.

Visualmente falando o filme está excelente, principalmente no que diz respeito ao figurino e design das naves, que remetem quase que fielmente aos filmes originais, atualizando-os de forma sutil e coerente. O 3D do filme está muito bem feito, passando a sensação de profundidade de forma bem mais nítida e frequente do que a maioria dos filmes nesse formato.

Star Wars O Despertar da Força é um filme excelente, com um ótimo equilíbrio dos momentos de ação, humor e drama, mantendo de forma satisfatória o tom de aventura da trilogia original, resgatando personagens tão amados pelos fãs e criando novos protagonista extremamente carismáticos, com uma trama excelente que já gera expectativas para o próximo filme da franquia. Sem sombra de duvida um dos melhores filmes de 2015. A força despertou e foi surpreendente.

"Obrigado!" - Kylo Ren



Informações adicionais:
Nota geral: 09.
Duração: 2h15min.
Cena favorita: Quando Kylo Ren abraça o lado negro da força.




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