segunda-feira, 19 de março de 2012

Análise games - Dragon Age: Origins





Análise que fiz no inicio de 2011 do grandioso game Dragon Age: Origins. Publicado originalmente no site GameVicio (para ver original clique aqui).

Se há uma palavra para descrever Dragon Age é Grandioso, ou melhor, duas palavras, espetacularmente grandioso.

DAO lançado em novembro de 2009 e conta a historia de Ferelden, terra medieval que esta sendo assolada por mais uma ruína, evento que trás a tona hordas de Darkspawn (proles sombrias) lideradas pelo Archdemon.
Você controla um recruta dos Grey Wardens, ordem de guerreiros que tem como objetivo deter a ruína.

DAO é um jogo de RPG. A principal característica do gênero RPG é te dar a liberdade de criar seu personagem e tomar decisões que influenciarão o desenvolvimento da historia, portanto não espere linearidade na narrativa.
Minha experiência com o gênero se limita ao jogo Fable, o qual foi extremamente satisfatório que cheguei a zerá-lo por duas vezes, e joguei algumas pouquíssimas horas de Neverwinter Nights.
 

Quando li a respeito sobre DAO fiquei empolgado, mas meio receoso. Com as ótimas criticas que li sobre o jogo acabei me arriscando a me aventurar pelo gênero.

E novamente fui surpreendido, o jogo é grandioso, não só em duração, mas nas possibilidades que ele oferece, há dezenas de caminhos a serem percorridos, historias para serem descobertas, personagens para interagir e missões para cumprir, é quase impossível de zerar o jogo em uma única partida.

Um ponto muito interessante do jogo são os personagens, já no inicio você tem a opção de escolher entre três raças (humanos, elfos e anões) e cada raça lhe oferece origens diferentes o que totaliza 6 inícios totalmente distintos, mas a variação na narrativa não termina ai, dependendo do tipo de personagem que escolhe o contexto da historia também muda, o que torna o game muito cativante.
Cada personagem tem uma historia, uma motivação e reagem diferentemente com cada escolha sua o que torna cada partida única. Apenas para citar um exemplo ao decidir sacrificar uma vida para salvar outra, em umas das missões, ao chegar ao acampamento levei a maior bronca de um dos personagens, pois ele não concordava com minha decisão. Isso me surpreendeu muito, imagine você após uma longa missão, obter a vitoria e mesmo assim alguém do seu grupo vem e te mete uma baita bronca por determinada ação? Isso é no mínimo inusitado.

A historia do game é surpreendentemente rica, alem da narrativa principal, a cada nova região, a cada novo personagem, você é apresentado a uma sub trama que é igualmente detalhada que proporciona uma grande imersão no jogo. Quanto mais você avança no jogo mais detalhes são descobertos, que são devidamente organizados em uma espécie de arquivo, separados por assunto, tais assuntos variam tanto quanto a informações pertinentes a historia, quanto a assuntos diversos, como a cultura e religião de Ferelden. Para quem gosta de mergulhar fundo na historia de um game isso é um prato cheio.

A jogabilidade para mim fui uma experiência bem distinta, pois difere de tudo que já joguei nos meus longos anos de gamer. A primeira vista vi DAO com um grande jogo de ação e aventura, mas na realidade o jogo é uma feliz mistura de jogo de ação e estratégia. Alem do seu personagem principal que você cria no inicio do jogo, você controla mais 3 personagens, cada um com habilidades distintas e é exatamente ai que a estratégia é necessária, em uma batalha com dezenas de inimigos você terá que usar tais habilidades sabiamente. Mas como definir a ação de quadro personagem em meio a tanto inimigos? Pausando o jogo? Sim, isso mesmo, no meio da ação o jogo te permite pausar e planejar a melhor ação de cada personagem. No inicio é bem estranho utilizar tal comando, mas depois de um tempo ele se torna quase que natural e imprescindível para obter a vitoria em determinadas batalhas.

Eis um dos poucos defeitos do jogo, não que os gráficos sejam ruins, mas em alguns momentos notasse que a qualidade gráfica não é “homogenia” em todo o jogo. E isso se agrava nas cenas de diálogos onde os rostos dos personagens ficam em primeiro plano e na sua maioria apresentam expressões faciais inexpressivas, que não condizem com o contesto dos diálogos, por exemplo é quase que impossível de detectar uma expressão de surpresa no rosto dos personagem. E isso acaba sendo uma grande falha na narrativa, já que o jogo apresenta uma quantidade enorme de diálogos.

Deixando de lado a questões dos gráficos Dragon Age já pode ser considerado um dos grandes jogos dos últimos anos e já se tornou um clássico do gênero de RPG. DAO tem uma historia principal cativante, dezenas de missões secundaria, personagem interessantes, conquistas e diversos finais distintos para quase todas as missões. Tudo isso proporcionam horas de jogo e uma grande imersão a historia, algo que poucas vezes vi em um jogo.
Jogadores mais hardcores provavelmente se entediarão facilmente com o a quantidade enorme de diálogos, mas aqueles que curtem uma boa historia em um jogo que mistura estratégia e ação, Dragon Age é uma ótima opção nessa época de jogos genéricos.

Grandioso, simplesmente grandioso.


"Na Guerra, vitória. Na paz, vigilância. Na morte, sacrifício."


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