terça-feira, 20 de novembro de 2018

Análise games - Darksiders

Protagonista Badass, mas pouco carismático!

Darksiders, game hack and slash, em terceira pessoa, com elementos de RPG. Desenvolvido pela Virgil Games e distribuído pela extinta THQ. Lançado originalmente em setembro de 2010 para PC, Xbox 360 e PS3. Ganhando uma versão remasterizada em novembro de 2016, intitulada Warmastered Edition. 

No universo de Darksiders o Céu e Inferno estão em conflito a séculos, quando o Conselho de Fogo, uma entidade temida e respeitada por ambos os lados, defini que o Apocalipse só terá início quando a humanidade estiver pronta, estabelecendo assim uma trégua entre anjos e demônios.

O game começa quando o cavaleiro Guerra desencadeia o conflito iniciando assim o Apocalipse na terra. Porém ele logo descobre que foi enganado ao ser aprisionado pelo próprio Conselho e julgado como traidor. Guerra ao ser sentenciado a morte propõem ao Conselho que concedam à ele a oportunidade de provar a sua inocência caçando os verdadeiros culpado e caso ele não obtenha sucesso morrerá tentando, cumprindo assim a vontade do Conselho de qualquer forma. 

O game começa de fato a partir desse ponto, com Guerra retornando a terra em busca de vingança. Porém ele retorna anos depois do início do confronto e encontra uma terra totalmente devastada e tomada pelo caos e para piorar sem seus poderes de Cavaleiro do Apocalipse. A trama se desenvolve com Guerra buscando recuperar sua antiga força, enquanto tenta descobrir quem o manipulou. 

A premissa da trama é interessante e apresenta bons personagens, porém o desenvolvimento da mesma se demonstra pouco envolvente e garante poucos momentos memoráveis. Guerra é apresentado como um guerreiro sério, de poucas palavras, focado unicamente em alcançar os seus objetivos, como construção de personagem é algo que funciona e faz sentindo com a trama do game, porém torna o protagonista pouco carismático. 

A jogabilidade é claramente inspirada em God of War, com combos rápidos, diversidade de golpes e finalizações brutais. O interessante é o game não entrega um gameplay repetitivo, sempre alternando entre momentos de combates, puzzles e exploração, inclusive surpreendendo em alguns momentos com a mudança de perspectiva, como o combate aéreo montado em um grifo. 

O game busca equilibrar os momentos de ação e quebra-cabeças, porém os momentos que puzzles acabam se alongando desnecessariamente, quebrando o ritmo tanto da narrativa, quanto da ação, dando a sensação que a campanha lenta e em alguns momentos cansativa. 

O sistema de progressão é simples, melhorando automaticamente a eficiência das armas conforme são utilizadas, além de permitir a compra de melhorias e novos movimentos com o demônio Vulgrim, que funciona como mercador do game. Para isso o jogador deverá coletar almas e itens secretos que são trocados pelas melhorias. 

Os ambientes são pequenos e lineares, mas com coletáveis e segredos, sendo que muitos deles só são acessíveis após a liberação de determinada habilidade, fazendo o jogador retornar para cenários já visitados, alongando assim o gameplay e a exploração. 

Visualmente o game é bem original, com uma arte caricata e exagerada feita pelo quadrinista Joe Madureira, que tem um estilo de desenho bastante inspirado nos mangas, dando uma identidade bem interessante ao game. 

O jogo não chega a ser desafiador, com combates acessíveis e quebra-cabeças bem elaborados, mas fáceis de resolver. As batalhas com os chefes são o ponto alto do gameplay, apresentando confrontos interessantes contra inimigos grandiosos. 

De maneira geral Darksiders é um bom game de ação, apresentando um interessante novo universo, com uma identidade visual atraente, pecando apenas em alongar desnecessariamente alguns puzzles e momentos de exploração. 

"Não sozinho!" - Guerra.


Informações adicionais:
Nota geral: 7,5.
Tempo dedicado ao game: 25 horas.
Conquistas desbloqueadas: 34 de 43.
Dificuldade: Fácil.
Fica a dica: Foque na campanha e deixe para explorar quando obter todas as habilidades.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale! Porém apenas a versão Warmastered Edition está disponível.
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Em inglês, com tradução disponível no site Tribo Gamer. Sendo que a versão remasterizada conta com tradução oficial.

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