sábado, 16 de maio de 2020

Análise games - Gears of War: Judgment


Um game quase dispensável! 

Lançado em junho de 2013, exclusivamente para XBox 360, Gears of War: Judgment se propunha a contar uma história anterior aos acontecimentos da trilogia original, com o tenente Damon Baird como protagonista principal da trama. Desenvolvido pela Epic Games em parceria com People Can Fly, o game atualmente pode ser jogado no Xbox One pela retrocompatibilidade. 

A trama de Judgment se passa anos antes dos acontecimentos do primeiro Gears of War, focando no esquadrão Kilo, liderado pelo então tenente Damon Baird, que está sendo julgado pelo Coronel Ezra Loomis por ter desobedecido às ordens diretas de seu superior, ao utilizar uma arma experimental com o intuito de derrotar um dos lideres da horda Locust. Em termos narrativos o game busca inovar, com cada ato sendo narrado de acordo com a perspectiva de cada membro do esquadrão Kilo, dessa forma dando destaque não só para Baird, mas também para os outros membros do esquadrão, compostos por Augustus Cole, amigo inseparável de Baird, Garron Paduk um antigo soldado da Udri, e Sofia Hendrik uma Oxys em treinamento.

Apesar de a nova estrutura narrativa ser bem interessante, infelizmente a história se demonstra bem mediana, não contribuindo de forma satisfatória com a expansão da mitologia da série, com um vilão bem inexpressivo e com conflitos entre os personagens pouco desenvolvidos, apesar disso os novos personagens como Paduk, Sofia e até mesmo o Coronel Loomis são bem escritos e se tornam boas adições ao elenco do game. Vale ressaltar que há uma segunda campanha intitulada de Aftermath que mostra acontecimentos paralelos a história de Gears of War 3, apesar de curta tal campanha é bem interessante por apresentar um desfecho mais pessoal e marcante ao revelar os destinos de Paduk e Sofia. 

Em termos de jogabilidade e mecânicas o game não chega a alterar o já estabelecido pela franquia, com um gameplay bem reconhecível, apesar disso o game apresenta um estrutura bem mais repetitiva em relação aos games anteriores, abusando das hordas constantes de inimigos, com poucos momentos cinematográficos e memoráveis. O único diferencia aqui é que em cada novo capítulo um objetivo adicional pode ser ativado, que basicamente consiste em pequenos desafios que tornam o game um pouco mais difícil e contribui com uma melhor pontuação no final de cada fase. 

O game não chega a apresentar uma grande variedade de equipamentos e inimigos, limitando-se a incluir algumas poucas armas novas, que no final não superam as armas tradicionais da franquia, como a Lancer e Gnasher, enquanto os inimigos são ainda menos variados, trazendo como novidade apenas os Serapedes, centopeias gigantes, e os Rager, locust raivosos que dão certo trabalho para se derrotar, mas que não chegam a surpreender, tornando-se adições bem descartáveis. 

O visual do game mantém o que foi visto em Gears 3, com cenários bem construídos e ótimas cinemáticas. Um excelente diferencial de Judgment é que ele foi o primeiro game da franquia a ser completamente localizado para português do Brasil, com uma dublagem competente que conta com um elenco de vozes condizentes com os personagens do game. 

No fim Gears of War: Judgment é um bom jogo, que busca inovar em termos narrativos, mas que acaba não surpreendendo, com uma jogabilidade reconhecível dentro dos padrões da franquia e um desfecho bem mediano. Um game recomendável apenas para os fãs da saga Gears, ou para uma jogatina descompromissada no modo cooperativo com os amigos. 

"Então não vamos nos ver nunca mais!" - Paduk 


Informações adicionais:
Nota geral: 07.
Tempo dedicado ao game: 11 horas.
Conquistas desbloqueadas: 22 de 70 (na XBox Live).
Dificuldade: Fácil.
Vale o preço? Até vale, pois atualmente o game pode ser adquirido por R$ 47,00, mas aconselho a compra-lo com no mínimo 50% de desconto.
Modo de jogo: Singleplayer, com modos cooperativos e competitivos.
Idioma: Totalmente localizado para português do Brasil.

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