Pós-Apocalíptico mediano!
RAGE, game de ação em primeira pessoa, desenvolvido pela Id Software e distribuído pela Bethesda, lançado em outubro de 2011, para PC, X-Box 360 e PS3.
A trama de RAGE é bem conceitual, com a eminente queda de um asteroide no planeta, vários voluntários são colocados em capsulas criogênicas chamadas de Arcas, com o intuito de preservar a raça humana. No game assumimos justamente o último sobrevivente de uma das Arcas, que desperta em um mundo desértico e hostil. Tudo isso é mostrado de forma rápida e rasa na introdução do game e sem espaço para questionamentos somos jogados na ação.
Com uma narrativa extremamente simples, a historia acaba não cativando em nenhum momento, principalmente por apresentar um protagonista sem nome, sem voz e sem personalidade, tornando a interação com os NPCs e com a própria historia extremamente apática, por outro lado a maioria dos personagens não controláveis apresenta visuais e características bem distintas, dando bastante personalidade aos mesmos.
Se a narrativa não convence, ao menos a jogabilidade se demonstra competente, nada que chegue a surpreender, mas que garante uma ação divertida, com uma boa variedade de armas que possibilitam a troca do tipo de munições, que variam de projeteis com danos elétricos, explosivos e de impulso, tornando assim o gameplay um pouco mais diversificado. Além disso, temos alguns assessórios bem interessantes, como torretas, pequenos drones e até mesmo um bumerangue que se demonstra extremamente útil para atingir inimigo a distancia.
Os inimigos podem ser divididos em dois grupos, Humanos e Mutantes, com cada grupo apresentando variações de classes e facções, mas que apresentam comportamentos semelhantes, ou atacando de forma direta, ou se mantendo na defensiva. Um ponto interessante na inteligência artificial dos inimigos é a reação que eles tem ao receber dano, atire no braço de um inimigo e ele deixará de atirar buscando cobertura e caso o dano seja suficientemente alto ele cairá sangrando, mas continuará atirando sempre que possível. Um ponto negativo do game é o fato de haver pouquíssimas batalhas com chefes, tornam alguns combates bem genéricos.
A estrutura do game apresenta uma formula bem definida, basicamente o jogador deverá interagir com um NPC, aceitar uma missão, se deslocar até o local determinado, derrotar todos os inimigos da área e por fim retornar ao NPC para concluir a missão. Essa dinâmica se repete até o fim do jogo, com mínimas variações, inclusive com pouquíssimas batalhas de chefes, o que deixa o game com um ar repetitivo.
Para quebrar um pouco essa sensação de repetitividade o game apresenta algumas atividades adicionais, como jogos de cartas, um simulador holográfico de combate e até mesmo um mini-game de musica, mas o destaque fica para as corridas, que permitem competir em eventos que vão desde corridas tradicionais a competições com combate de veículos.
A ambientação é competente, apresentando um mundo pós-apocalíptico consistente e de certa forma reconhecível por lembrar em muito o filme Mad Max, com um amplo deserto, ruínas de antigas cidades e rodovias que resistem a ação do tempo. Os cenários buscam parecer amplos, mas basicamente são grandes corredores que servem para justificar a existência de veículos no game e conectar os mapas menores entre si, oferecendo pouca exploração do mundo apresentado.
RAGE é um bom game, com um mundo pós-apocalíptico interessante e com certa personalidade, mas com uma historia pouco desenvolvida e uma jogabilidade mediana. Divertido em uma primeira jogatina, mas que dificilmente se torna atrativo para uma segunda vez.
Informações adicionais:
Nota geral: 07. Tempo dedicado ao game: 25 horas.
Conquistas desbloqueadas: 45 de 60.
Dificuldade: Fácil.
Fica a dica: Inicie no mínimo na dificuldade difícil.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Até vale, mas aconselho a compra-lo com no mínimo 50% de desconto.
Modo de jogo: Campanha singleplayer, com modos multiplayers.
Idioma: Em inglês, com tradução disponível no site Tribo Gamer.
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