terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Análise games - Resident Evil HD Remaster


Exploração, puzzles e muita tensão!

Resident Evil HD Remaster trata-se de uma nova versão do clássico exclusivo do GameCube, que em 2002 repaginou de forma excelente o clássico game de 1996, título que ajudou a consolidar o gênero Survivor Horror. Desenvolvido e distribuído pela CAPCOM, lançado em 2015 para as plataformas XBox 360, XOne, PS3, PS4 e PC, chegando posteriormente ao Nintendo Switch.

Antes de qualquer coisa esclareço que nunca joguei nenhum dos games clássicos da franquia, sendo Resident Eivl 4 o primeiro jogo que joguei, mas sempre tive curiosidade de joga-los, uma vez que inegavelmente a franquia é uma das mais emblemáticas do mundo dos games. Com o lançamento da versão remake de Resident Evil 2, decidi enfrentar os meus medos e coloquei Resident Evil HD na minha lista de prioridades.

Na trama somos apresentados a equipe S.T.A.R.S (Special Tactics and Rescue Service), mais especificamente ao time Alpha que tem como missão resgatar o time Bravo, que desapareceram nos arredores de Raccon City. Logo na cena inicial os S.T.A.R.S são atacados por horripilantes cães raivosos e em fuga acabam se refugiando em uma mansão no meio da floresta. Com isso cabe ao jogador investigar a mansão em busca de sobreviventes, enquanto tenta descobrir os mistérios envolvendo as estranhas criaturas que vagam pelos corredores do local.

O game permite realizar a campanha com um dos dois protagonistas Jill Valentine, ou Chris Redfield, a campanha é basicamente a mesma, com pequenas mudanças na narrativa e o envolvimento de alguns personagens coadjuvantes, além de mudar algumas mecânicas de jogabilidade, como por exemplo, o inventário de Chris ser menor, mas em contra partida ele já inicia com o isqueiro, enquanto Jill obtém tal item apenas após explorar parte da mansão.

A trama não chega a surpreender, envolvendo pesquisas biológicas e experimentos genéticos, tendo a sua narrativa desenvolvida basicamente por documentos encontrados pelos cenários, além de cenas com breves diálogos entre os personagens. O grande diferencial da narrativa está justamente na sensação de tensão gerada pela exploração da mansão e seus arredores em busca de respostas.

Já nos primeiros minutos do game o jogador se vê basicamente sozinho em uma mansão imensa, assustadora e cheia de segredos, tendo que explorar cuidadosamente cada cômodo e resolver inúmeros quebra-cabeças para conseguir avançar. Assim o game estabelece uma das suas principais características, exploração e resolução de puzzles constante. Para conseguir avançar e acessar novas salas e áreas o jogador deverá encontrar chaves ou determinados itens que permitirão resolver os diversos puzzles, ao fazê-lo o jogador acessará a nova área apenas para iniciar um novo ciclo de exploração e resolução de novos puzzles.

Pode parecer monótono, mas os quebra-cabeças são inteligentes o suficiente para não se demonstrarem repetitivos. Além da ambientação e do clima de tensão gerada pelos inimigos quebrar a sensação de monotonia da constante ida e vinda pelos cenários. O jogo busca sempre surpreender o jogador de diversas maneiras possíveis, como novos inimigos que surgem de forma inesperada ou mesmo o retorno de zumbis em locais que o jogador já tinha explorado e limpo anteriormente.

A segunda característica marcante de Resident Evil é o constante clima de tensão que o jogo proporciona, não só pela sua ambientação, que apresenta locais sombrios e angustiantes, mas também pelos inimigos que não são facilmente derrotados. Um zumbi comum pode até cair fácil, porém a escassez de munições fará o jogador a todo o momento se questionar se o melhor é atirar ou fugir, devido a incerteza do que encontrará na próxima sala e principalmente se o próximo chefe não está nela. Além disso, o inventario limitado faz o jogador ter muita atenção no que leva consigo, caso leve muita munição ou itens de cura, pode faltar espaço justamente para aquela peça que resolverá o próximo quebra-cabeça, ao mesmo tempo em que se estiver com pouca munição o encontro de um inimigo mais forte pode ser fatal.

O primeiro contato com Resident Evil sem sombra de duvida surpreende, alguns puzzles serão resolvidos de forma bem intuitiva, outros exigirão do jogador uma boa dose de atenção e pensamento lógico. Enquanto o encontro com novos inimigos sempre será marcante, como a clássica cena dos cães no corredor, ou o primeiro encontro com os mortais Hunters. Mas bem ou mal, a sensação de tensão do primeiro contato acaba perdendo a força em uma segunda jogada, principalmente quando o jogador se habitua à mecânica de explorar, evitar inimigos e resolver puzzles.

Apesar da jogabilidade se demonstrar datada, com uma movimentação um pouco travada, o game consegue ser acessível. Seu maior problema é sem duvida é a câmera fixa, que apesar de auxiliar com a sensação de tensão do game, muitas vezes acaba atrapalhando na movimentação, devido aos comandos mudarem junto com o angulo da câmera, simplesmente perdi a conta de quantas vezes fiquei dando meia volta devido a isso.

Sem duvida Resident Evil HD Remaster é um excelente game, que mesmo com uma jogabilidade e visual um pouco datados, consegue se manter interessante. Seu maior mérito sem duvida é permitir que novos jogadores possam ter uma experiência próxima da original e é claro matar a saudade dos fãs do título clássico.

"Enfrente os seus medos e sobreviva."


Informações adicionais:
Nota geral: 09.
Tempo dedicado ao game: 25 horas.
Conquistas desbloqueadas: 30 de 44.
Dificuldade: Moderada.
Fica a dica: Economize munição, aprenda a evitar os zumbis e principalmente, sempre examine os itens encontrados.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale!
Modo de jogo: Campanha exclusivamente singleplayer.
Idioma: Em inglês, com tradução disponível no site Tribo Gamer.

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