Análise cinema - Vingadores Guerra Infinita

Apoteose Marvel

Vingadores Guerra Infinita, décimo nono filme da Marvel Estúdios, com um elenco grandioso, entre eles, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans e Scarlett Johansson com direção dos irmãos Anthony e Joe Russo. O longa estreou nos cinemas brasileiros no dia 26 de abril de 2018.

O primeiro filme dos Vingadores, do distante ano de 2012, foi uma marco nas adaptações de quadrinhos, apresentando uma filme divertido e competente na sua narrativa, deixando a maioria dos fãs da Marvel satisfeitos e principalmente empolgados com a sua cena pós-créditos, onde a Marvel fazia uma promessa, que futuramente veríamos Thanos O Titã Louco nos cinemas. Essa promessa levou seis anos para ser cumprida e foi feita com maestria. 

O filme começa quase que de forma imediata, após os eventos de Thor Ragnarok, sem muito espaço para grandes explicações ou cerimônias Thanos é apresentado, acompanhado da sua Ordem Negra, ele busca obter as seis Joias do Infinito, já em posse da Joia do Poder ele ataca a nave de Thor, dizimando os poucos asgardianos remanescentes, derrotando e humilhando não só O Deus do Trovão, mas também o Hulk no processo, obtendo assim mais uma das joias, que estava com Loki. Com isso Thanos divide as suas forças, enquanto a sua Ordem Negra deve buscar as duas joias que estão na Terra, o Titã se encarrega de obter pessoalmente as joias da realidade e da alma. 

Assim a trama de Guerra Infinita se inicial, com uma forte sensação de urgência, sem tempo para grandes explicações ou apresentações, dando foco quase integral à jornada de Thanos em busca das seis joias do infinito, enquanto os Vingadores tentam detê-lo. Apesar de o filme ser quase que uma grande cena de ação, ele consegue desenvolver os diversos núcleos de personagens, como por exemplo, o relacionamento amoroso entre o androide Visão e a Feiticeira Escarlate, a jornada de Thor em busca de uma nova arma para substituir o seu martelo, o conflito psicológico entre Bruce Banner e Hulk, o plano desesperado do Homem de Ferro para deter Thanos, tudo de forma rápida, mas dando espaço suficiente para os inúmeros personagens. 

Mas o que mais surpreende no desenvolvimento da trama de Guerra Infinita é que o grande protagonista do filme não são os heróis, mas sim o vilão, que ganha uma profundidade poucas vezes vistas nesses dez anos de universo cinematográfico da Marvel. Thanos tem um objetivo, um ideal, inegavelmente distorcido, mas que o define como personagem e ele está disposto a sacrificar tudo para alcançar o que deseja e assim obter o equilíbrio do universo. É extremamente gratificante acompanhar a construção do personagem ao longo do filme, sua convicção, seus métodos cruéis, a revelação do seu passado e logicamente seu sacrifício final. A cena onde o Titã obtém a joia da alma é surpreendentemente marcante, com uma carga dramática que a tornam inesquecível e marcante. 

As cenas de ação são simplesmente espetaculares e intensas, dando uma ótima sensação de grandiosidade ao filme, em especial a batalha em Wakanda, e assim como no primeiro filme dos Vingadores, que apresentou excelentes cenas de combates, Guerra Infinita presenteia os fãs com cenas de confrontos memoráveis como o embate entre Thanos e Hulk já nos primeiros minutos do filme, ou o espetáculo de efeitos especiais ao mostrar o Doutor Estranho utilizando a sua magia ao máximo. 

Vingadores Guerra Infinita é uma excelente filme, com uma narrativa rápida, sem excessos, dando destaque quase que inteiramente ao vilão, com cenas de ação espetaculares e com um final incrivelmente emocionante e corajoso. Um filme que presenteia os fãs com o que eles mais queriam um vilão forte, carismático e impiedoso, celebrando assim de forma épica os dez anos do Universo Cinematográfico da Marvel. 

"Eu sinto muito, garotinha!" - Thanos 

Informações adicionais:
Nota geral: 10.
Duração: 2h30min.
Cena favorita: Difícil escolher só uma, mas a cena do sacrifício de Thanos para obter a joia da alma é memorável.