sexta-feira, 5 de maio de 2017

Análise games - Prey de 2006


Prey é um FPS de ação, que mistura ficção científica e misticismo. Desenvolvido pelo Human Head Studios e publicado pela 2K Games. Lançado para PC e XBox 360 em julho de 2006. O game ganhou um reboot total em maio de 2017, desenvolvido pela Bethesda.

O game é bastante peculiar por misturar ficção científica e misticismo, com uma trama que nos apresenta Tommy, um nativo americano, que se vê infeliz com os costumes de sua tribo e tenta convencer a sua namorada Jen, a fugir com ele da reserva onde vivem. Após uma violenta briga de bar, Jen, Tommy e seu avô são abduzidos por alienígenas e levados para uma enorme espaçonave, chamada Espera, cabe a Tommy descobrir uma maneira de fugir, resgatar sua namorada e derrotar os mistérios Aliens.

O interessante da trama é que ela não se foca apenas na abdução dos alienígenas, mas acrescenta um toque de misticismo a narrativa, Tommy, por ser um nativo americano, através dos conhecimentos do seu Avô, acaba tendo acesso a poderes espirituais concedidos pelos seus ancestrais, assim o jogador, na forma espiritual do protagonista, consegue acessar a locais que a forma física de Tommy não consegue, além de poder utilizar um arco espiritual que derrotar facilmente os inimigos.

Dessa forma a narrativa, que é feita totalmente por diálogos entre os capítulos, alterna entre a busca de Tommy para libertar Jen e os ensinamentos espirituais revelados pelo seu avô. Não chega a ser uma trama surpreendente, mas é boa o suficiente para manter o jogador interessado, ao apresentar situações bizarras, incentivando o acompanhamento da trama para descobrir o que de fato está acontecendo na imensa espaçonave e qual os objetivos dos alienígenas que o abduziram e o final consegue ser satisfatório, ao mesmo que consegue ser frustrante e até mesmo indigesto ao responder tais questionamentos.

A jogabilidade remete aos típicos FPSs no início dos anos 2000, lembrando em muito Half Life, com uma progressão truncada e objetiva, simplesmente avance pelas fases derrotando diversos inimigos em cenários lineares, que permitem pequenas interações que servem para resolver puzzles, que são simples, mas que brincam a todo o momento com a percepção do jogador, por alterar constantemente a forma de exploração do cenário, através de comandos que alteram a gravidade do ambiente, além de acrescentar portais que permitem o deslocamento para partes inacessíveis do mapa.

A ambientação é outro ponto positivo de Prey, o game se passa inteiramente dentro de uma espaçonave alienígena que ao mesmo tempo em que é futurista, também se demonstra um sistema orgânico dando um ar bizarro e gore ao game e o mesmo se reflete ao arsenal, que apesar de limitado, compensa pela originalidade e bizarrice.

Prey se demonstrou uma boa experiência, que envelheceu bem, apresentando uma história interessante que mistura ficção científica e misticismo indígena, com uma jogabilidade datada, mas que compensa por brincar com percepção do jogador. Um game com um tom bizarro, indicadíssimo aos fãs de games da velha guarda.


Informações adicionais:
Nota geral: 7,5.
Tempo dedicado ao game: 09 horas.
Conquistas desbloqueadas: Infelizmente sem conquistas na versão do Steam.
Dificuldade: Normal.
Fica a dica: Lembre-se de utilizar a forma espiritual de Tommy frequentemente.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Infelizmente o game não está disponível na Steam Brasileira, mas poderá ser encontrado no site Kinguin, por aproximadamente R$ 18,00. Particularmente considero que valha a pena para os fãs de FPSs da velha guarda.
Modo de jogo: Singleplayer e Multiplayer.
Idioma: Inglês, com tradução disponível no site GameVicio.

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