segunda-feira, 18 de maio de 2015

Análise games - The Witcher 2: Assassins of Kings


The Witcher 2: Assassins of Kings, segundo game da trilogia idealizada pela CD Projekt Red, que adapta os livros escritos pelo polonês Andrzej Sapkowski. Lançado em maio de 2011 para os PCs, ganhando uma versão para Xbox 360 em abril de 2012.

Na trama, que se inicia quase que imediatamente após os acontecimentos do primeiro game, vemos Geralt de Rivia sendo acusado pelo assassinato do rei Foltest, para poder limpar seu nome o bruxo inicia uma jornada para capturar o verdadeiro assassino, mas no processo acaba se envolvendo novamente em intrigas políticas e no sangrento confronto entre humanos e não humanos.

Assim como no primeiro game, a história é muito bem conduzida, mostrando novamente que nem tudo é o que parece e que o mal pode se apresentar em diversas formas. A quase todo o momento o game te obriga a fazer escolhas e tais escolhas nem sempre são fáceis de serem feitas, uma vez que nem tudo é revelado de forma clara e esse fator foi muito bem maximizado em relação ao primeiro game, uma vez que determinadas escolhas te levam a caminhos totalmente distintos, tanto que se tem duas campanhas diferentes, que mostram o desenrolar da trama de óticas quase que opostas, após o primeiro capítulo.

Apesar de considerar a história do primeiro game muito mais marcante, a trama desse segundo é extremamente forte e contribui em muito com o desenvolvimento desse rico universo. A tensão racial, a guerra entre os reinos do Norte, as intrigas políticas para se chegar ao poder, tudo é muito bem apresentado e mostrado de maneira crível e marcante. Mas o grande destaque da trama são as revelações feitas sobre o passado de Geralt, sobre sua "morte" anos atrás, sua ligação com Yennefer e principalmente sobre seu envolvimento com os Wild Hunt, deixando um excelente gancho para o terceiro game da franquia.

Em termos gráficos o game teve uma melhoria incrível em comparação com o primeiro game, é inegável que o jogo está impecável visualmente falando. Enquanto no primeiro game havia uma repetitividade excessiva nos modelos dos NPCs, aqui quase nada é reciclado, dando uma personalidade bem distinta aos ambientes e personagens. A ambientação do game está perfeita, basicamente temos três cenários principais, a floresta de Flotsam, Vergen, a cidade dos anões e as ruínas da cidade de LocMuinne, todas são muito bem detalhadas, apresentando características únicas entre elas. Porem confesso que tive a sensação que o mapa geral do game é um pouco menor que o do primeiro, talvez pelo fato dos cenários serem de certa forma lineares oferecendo poucos caminhos alternativos para exploração.

A jogabilidade é outro fator que teve uma melhora significativa em comparação ao primeiro game, a movimentação de Geralt está extremamente fluida e a forma de se executar o combate está um pouco mais simples e convidativo, apesar disso o game não perdeu a sua dificuldade característica, pois continua exigindo do jogador um certo planejamento em combate e principalmente a utilização constante de poções e magias. A arvore de habilidades está bem extensa e permite ao jogador escolher entre magia, alquimia e combate, mudando de forma significativa a forma de se derrotar os inimigos.

Uma última melhoria, foi o aumento da variedade de itens que Geralt pode encontrar, além dos tradicionais ingredientes para se fabricar poções, agora há uma quantidade considerável de armas, armaduras e itens que podem ser encontrados e craftandos, contribuindo de forma positiva com o fator exploração. Além disso, determinados monstros, podem fornecer partes que o personagem pode utilizar como troféu, ganhando assim atributos únicos.

Os inimigos continuam variados e impressionam pelos seus visuais únicos, alguns monstros do primeiro game retornam, mas na sua maioria os oponentes são compostos por criaturas totalmente novas. O grande destaque fica com os bosses de cada capitulo, que impressionam pelo seu tamanho e proporcionam combates épicos e memoráveis.

The Witcher 2 é um excelente RPG, que expande de forma satisfatória o já rico universo criado pelo polonês Andrzej Sapkowski, apresentando uma trama intrigante e revelando um pouco mais do passado de Geralt de Rivia, preparando o caminho para o terceiro game da série. Um com visual belíssimo, uma jogabilidade intuitiva e uma trama que oferece múltiplas escolhas. Um game épico de fantasia medieval, que merece ser jogado, mesmo após a chegada de The Witcher 3: Wild Hunt.

"Quem poderia saber que a tempestade que havia devastado o Norte era apenas um prenuncio de dias mais escuros?" - Dandelion



Informações adicionais:
Nota Geral: 09.
Tempo de jogo: Aproximadamente 50 horas, realizando todas as quests secundarias.
Conquistas desbloqueadas: 37 de 52.
Dificuldade: Média. 
Fica a dica: Invista alguns pontos de habilidade nos sinais, principalmente em "Quen" e "Yrden".
Modo de jogo: Exclusivamente Singleplayer.
Idioma: Inglês, com legendas em português BR.
Imagens durante a jogatina: Clique Aqui.




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