Assassin’s Creed III, game de aventura e ação, desenvolvido
e distribuído pela Ubisoft, lançado em novembro de 2012 para PC, Xbox 360 e
PS3. Antes da análise propriamente dita, esclareço que joguei o game na versão
de Xbox 360 e não no PC como de costume, além disso, tal analise considera
apenas os games da serie lançados antes de Assassin’s Creed III, uma vez que
ainda não tive a oportunidade de jogar Black Flag e tão pouco o Unity.
Na trama, após os acontecimentos de Assassin’s Creed
Revelations, Desmond Miles, ao lado de seu pai William Miles, Rebecca Crane e Shaun
Hastings encontra um antigo templo da primeira civilização com o objetivo de
acessá-lo e impedir que uma catástrofe aconteça e destrua toda a humanidade,
mas para isso terá que acessar as memórias de mais um ancestral, para descobrir
a localização da chave que dá acesso ao templo. O ancestral em questão é Connor
Kenway, filho de uma nativa americana com um inglês, que viveu no século XVIII
durante a Revolução Americana.
A trama, como de costume, é
dividida entre os acontecimentos do passado e presente, porém a trama de Desmond
ganha um pouco mais de destaque, pois pela vez na serie executamos diversas
missões com Desmond, que esta quase tão habilidoso quanto seus antepassados
assassinos. Porém a maior parte da trama se foca na vida de Connor, que viu na
infância sua aldeia ser incendiada pelos templários e que cresce querendo
buscar vingança, nada de novo até aqui, até mesmo para a própria série, e
apesar de Connor ser um personagem forte e bem desenvolvido e inegável que ele
tem pouquíssimo carisma se comparado a Ezio e até mesmo Altair, protagonista do
primeiro game. Connor tem a personalidade forte, extremamente fiel aos seus
princípios e valores, o que torno o personagem pouco flexível e carismático,
pois demonstra certa frieza e até mesmo inocência em determinadas situações da
trama. Por mais que a jornada de Connor seja interessante, uma vez que
acompanhamos toda a sua infância, adolescência e fase adulta, confesso que
estava bem mais interessado em ver o desfecho da trama de Desmond do que
qualquer outra coisa. E é na trama que se passa no presente que, em termo de
narrativa, o game se destaca, pois vemos Desmond totalmente mudado e
determinado a alcançar o seu objetivo, ele compreende o que precisa ser feito e
mesmo com todas as duvidas ele não pensa duas vezes em aceitar o seu destino
para salvar o planeta. O final não chega a ser surpreendente, mas fecha de
maneira satisfatória a trama de iniciada lá em 2007, com o primeiro Assassins’s
Creed.
Em termos jogabilidade o game não
sofreu grandes alterações em relação aos seus antecessores, foram acrescentados
novas armas e novos movimentos como de costume, mas nada que mude de forma
drástica o já bem conhecido sistema de combate do game, talvez a mudança mais
interessante seja na inclusão de diversas classes de inimigos, onde cada classe
só pode ser derrotada se determinado movimento for feito de maneira correta, causa
um pouco de duvida no início, mas após um tempo o combate volta a ser fluido e dinâmico.
A principal novidade em
Assassin’s Creed III foi à inclusão das batalhas marítimas, onde Connor assume
o comando de um navio em missões de explorações e de conflitos com frotas
inimigas. A variedade de missões marítimas é bem limitada, porém surpreendem
por apresentar uma boa dose de novidade na serie, pois é extremamente
gratificante aprender a controlar o navio de Connor, de como utilizar o vento
ao seu favor, de como saber o melhor momento para atirar nos inimigos e evitar
danos. As batalhas em meio às tempestades são incríveis, pois deixa tudo ainda
mais interessante e surpreendente, alem de aumentar a dificuldade das batalhas
marítimas. Com certeza uma excelente novidade.
Em termos de ambientação, o game
segue o padrão da serie, com cenários grandes e bem detalhados. São 4 grandes
regiões, a “Fronteira”, que representa as grandes florestas norte americanas, a
“Fazenda”, bem semelhante ao mapa da fronteira e que serve como base de
operações para ordem dos assassinos, e mais duas cidades, Boston e New York. O
mapa da fronteira foi o que mais me surpreendeu devido ao seu tamanho e
detalhamento, a fronteira é cheia de cachoeiras, rios, lagos, colinas e
florestas, apresentando mudanças climáticas que deixam os cenários ainda mais
belos e surpreendentes, além de uma serie de missões secundarias que garante
boas horas de diversão para os que gostam de explorar ao máximo os cenários,
principalmente por apresentar uma boa variedade de animais que podem ser
caçados. As duas grandes cidades, Boston e New York, são ricamente detalhadas e
movimentadas, assim como as cidades dos games anteriores, porém confesso que as
achei bem desinteressante, talvez por sua arquitetura colonial e por apresentar
poucos monumentos históricos, ao contrario dos seus antecessores, que
apresentavam monumentos belos e impressionantes.
Assassin’s Creed III foi o
primeiro game da serie a receber dublagem em PT-BR, como bom fã de cinema que
sou, sempre torci o nariz para as dublagens brasileiras e joguei pouquíssimos
games dublados, mas confesso que fui surpreendido com a excelente qualidade da
dublagem de Assassin’s Creed III, todas as vozes foram muito bem escolhidas e
condizem com a situação e expressão de cada personagem, a única exceção,
estranhamente, é a voz justamente do protagonista Desmond, que deixa claro a
todo momento que o dublador esta forçando a voz para dar uma entonação mais
grave ao som. Mas fora isso a dublagem de maneira geral é excelente.
Assassin’s Creed III é um bom
game de aventura e ação, que buscou inovar incluindo novas mecânicas como as
batalhas marítimas e o sistema de caça, mas que no final segue o padrão já
estabelecido na série, apresentando um novo protagonista forte, mas pouco
carismático que serve apenas como ponte para se chegar ao derradeiro desfecho
na eterna guerra entre Assassinos e Templários. Seu maior destaque esta na
trama que encera de forma digna na trajetória de Desmond.
“Esta feito, Minerva, a decisão
foi tomada.” – Desmond.
Informações adicionais:
Nota geral: 08.
Tempo dedicado ao game: Aproximadamente
50 horas.
Conquistas desbloqueadas: 39
de 69.
Dificuldade geral: Fácil.
Modo de jogo: Singleplayer, com
modo multiplayer cooperativo para até 04 jogadores.
Idioma: Com legendas e dublagem
em português do Brasil.
Excelente análise, brother!
ResponderExcluirValeu Guilherme, que bom que gostou...
ExcluirFico muito feliz de te ver aqui pelo Blog...